Essa observação (que forma um par estereofônico com
ESP_016538_2190) mostra parte de uma cratera sem nome, na qual o material que a preenchia desmoronou.
Essa cratera poderia estar cheia de gelo, e depois ter sido coberta por sedimentos ou lava. Mais tarde o gelo se perde devido ao derretimento ou sublimação. Assim, a camada superior desmorona e forma a estrutura curva que podemos ver hoje.
A descrição original da imagem dizia: “Canais primitivos em materiais fraturados no fundo de uma cratera”. Isso porque quando a observação deste objeto foi sugerida (por mim), se pensava que existiam canais obscuros, angulosos e curvos, a partir de um rápido exame da imagem R1601469. Isso poderia indicar flucos de águas recentes - em termos geológicos - algo que estamos realmente intessados em monitorar.
No entanto, as imagens de HiRISE, especialmente quando miram um par estereofônico, mostram que essas escuras e estreitas peculiriaridades são, na realidade, as bordas inclinadas de encostas criadas pelo colapso. Isso nos deixa como lição que devemos ter cautela ao acreditar nas descrições das imagens de HIRISE! Às vezes, nossas impressões iniciais simplesmente desmoronam.
Tradução: Murilo Marchiori
número:
ESP_017171_2190data de aquisição: 26 março 2010
altitude: 298 km
https://uahirise.org/hipod/pt/ESP_017171_2190
NASA/JPL-Caltech/UArizona
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